O que é Oxigenoterapia Hiperbárica
De acordo com a Undersea and Hyperbaric Medical Society (UHMS), a Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) consiste na administração de uma fração inspirada de oxigênio puro, próximo a 100% em um ambiente com uma pressão superior à pressão atmosférica ao nível do mar.
Este aumento de pressão resulta em aumento da pressão arterial e tecidual de oxigênio (2000 mmHg e 400 mmHg, respetivamente), o que está na base da maioria dos efeitos fisiológicos e terapêuticos desta terapia. Este procedimento terapêutico promove diferentes efeitos positivos para o processo de cicatrização, por esta razão tem sido referenciado como adjuvante, ou seja, aplica-se em conjunto com outras medidas de tratamento em diversas situações clínicas.
Um pouco de história
A Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) surgiu em 1622, para fins medicinais, com o médico Henshaw, um médico britânico que colocava os pacientes em um recipiente com ar pressurizado.
Anos depois, em 1872 Paul Bert, considerado o “pai da fisiologia hiperbárica”, descreveu a base fisiológica do ar pressurizado no corpo humano, definindo também os efeitos neurotóxicos do O2 no corpo humano, consequentemente denominado efeito Paul Bert, seguido da descrição da toxicidade pulmonar do O2 por Lorrain Smith.
Em 1995, a OHB foi regulamentada no Brasil pelo conselho de Medicina, com a resolução 1.457/95 como modalidade terapêutica. Em 2003 a sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica (SBMH), com base nas diretrizes de segurança e qualidade, normatizou que os serviços que possuíssem câmeras hiperbáricas.
Indicações da OHB
A Undersea and Hyperbaric Medical Society reconhece 14 indicações médicas válidas para OHB: úlcera do pé diabético, lesão de tecido por radiação, cistite, osteomielite crônica refratária, condições de isquemia aguda (incluindo lesões por esmagamento, trombose arterial e reperfusão e retalhos cirúrgicos miocutâneos comprometidos), envenenamento agudo por monóxido de carbono, graves infecções dos tecidos moles (incluindo gangrena gasosa e fasceíte necrotizante), embolia gasosa, perda auditiva neurossensorial idiopática súbita, oclusão aguda da artéria central da retina, acidentes de mergulho (doença aguda descompressiva e barotrauma pulmonar), anemia grave, zigomicoses refratárias e queimaduras.
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