OHB Reduz Mortalidade em Infecções Necrosantes dos Tecidos Moles: Evidências de Estudo Multicêntrico publicado em Agosto de 2025
- IBEPMH
- há 5 dias
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Um artigo científico publicado em 2025 na revista Infectious Diseases and Therapy trouxe resultados importantes sobre o papel da oxigenoterapia hiperbárica (OHB) no tratamento de pacientes com infecções necrosantes dos tecidos moles (NSTI), condições graves que frequentemente levam a sepse, choque séptico e altas taxas de mortalidade.
O estudo foi conduzido por uma equipe internacional liderada pelo professor Dr. Ole Hyldegaard, da Universidade de Copenhague, em colaboração com centros de referência na Dinamarca, Noruega e Suécia .
Metodologia do estudo
Trata-se de um estudo multicêntrico, prospectivo e observacional (The INFECT Study), realizado entre 2013 e 2017.
Foram incluídos 409 pacientes consecutivos diagnosticados com NSTI, dos quais 329 receberam OHB e 80 não receberam.
O tratamento consistiu em sessões de oxigenoterapia hiperbárica em unidades de terapia intensiva especializadas, com tempo médio de início de 4,3 horas após a chegada ao hospital .
Principais resultados
A mortalidade em 30 dias foi de apenas 7% no grupo tratado com OHB, contra 43% no grupo sem tratamento.
Em 90 dias, as taxas de mortalidade foram de 11% com OHB e 46% sem OHB.
Pacientes que receberam OHB tinham menor prevalência de doenças hepáticas e insuficiência renal aguda, mas estavam mais frequentemente em ventilação mecânica.
As análises ajustadas mostraram que a OHB esteve associada a uma redução significativa na mortalidade em 30 dias.
Conclusões do artigo
Os autores destacam que a OHB foi associada a melhores taxas de sobrevivência, ainda que o estudo apresente possíveis vieses de seleção (já que pacientes mais graves, por instabilidade hemodinâmica, podem não ter sido encaminhados ao tratamento). Apesar dessas limitações, o trabalho reforça evidências de que a oxigenoterapia hiperbárica pode salvar vidas em casos de NSTI, e ressalta a necessidade de ensaios clínicos randomizados para confirmar esses achados.
Para ler o artigo científico original basta clicar aqui.
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